O fardo da sede...
10-01-2012 00:06
Se os milhões de mulheres que percorrem longas distâncias acartando água tivessem
uma torneira à porta de casa, várias sociedades poderiam mudar. texto de TINA
ROSENBERG
fotografias de LYNN JOHNSON
Aylito Binayo conhece a montanha. Mesmo às quatro horas da manhã, Aylito consegue descer até ao rio correndo sobre as rochas, apenas com a luz das estrelas a iluminá-la. Depois, volta a subir a montanha até à sua aldeia, carregando às costas 23 litros de água. Aos 25 anos de idade, ela repete este trajecto três ou quatro vezes por dia quase desde que nasceu. Todas as mulheres da aldeia de Foro, no distrito de Konso, na Etiópia, o fazem. Aylito abandonou os estudos aos oito anos, em parte porque foi preciso ajudar a mãe a recolher água do rio Toiro. A água suja que transporta não é potável. A seca continua a prolongar-se todos os anos, e o rio, em tempos pujante, está cada vez mais esgotado. Mas é a única água que Foro teve até hoje.
National Geographic
O fardo da sede |
Se os milhões de mulheres que percorrem longas distâncias acartando água tivessem
uma torneira à porta de casa, várias sociedades poderiam mudar. texto de TINA
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fotografias de LYNN JOHNSON
Aylito Binayo conhece a montanha. Mesmo às quatro horas da manhã, Aylito consegue descer até ao rio correndo sobre as rochas, apenas com a luz das estrelas a iluminá-la. Depois, volta a subir a montanha até à sua aldeia, carregando às costas 23 litros de água. Aos 25 anos de idade, ela repete este trajecto três ou quatro vezes por dia quase desde que nasceu. Todas as mulheres da aldeia de Foro, no distrito de Konso, na Etiópia, o fazem. Aylito abandonou os estudos aos oito anos, em parte porque foi preciso ajudar a mãe a recolher água do rio Toiro. A água suja que transporta não é potável. A seca continua a prolongar-se todos os anos, e o rio, em tempos pujante, está cada vez mais esgotado. Mas é a única água que Foro teve até hoje.
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